Osso fĂȘmur

O maior osso do esqueleto é classifica­do como um osso longo, apresentando portanto duas epífises, proximal e distal, e um corpo / diåfise.

O fĂȘmur articula-se pela sua extremidade pro­ximal com o osso do quadril e pela extremidade dis­tal com a tĂ­bia.

Observe no esqueleto articulado que, em virtude das articulaçÔes dos quadris serem muito afastadas, devido Ă  construção da pelve, os fĂȘ­mures dirigem-se inferior, medial e anteriormente, convergindo para os joelhos e formando com as tĂ­bias um Ăąngulo obtuso.

Examine a extremidade proximal do fĂȘ­mur e localize a cabeça do fĂȘmur, esferĂłide.

Veja em um esqueleto articulado como ela se encaixa no acetĂĄbulo do osso do quadril.

A cabeça do fĂȘmur apresenta uma pequena depressĂŁo, a fĂłvea da cabeça do fĂȘmur onde se fixa um dos ligamentos da articulação do quadril, o ligamen­to da cabeça do fĂȘmur.

A conexĂŁo da cabeça femo­ral com o corpo do osso faz-se pelo colo do fĂȘmur: repare como ele se dirige superior, medial e um pouco anteriormente.

Na verdade, o colo do fĂȘmur Ă© um prolongamento do corpo do os­so, tanto no seu desenvolvimento quanto na sua ossificação e estrutura.

Assim, no nascimento o colo Ă© curto e espesso, alongando-se a medida que o osso se desenvolve.

Do mesmo modo, o ùngulo que o eixo longitudinal do colo forma com o eixo longitudinal da diåfise, denominado ùngulo de inclinação, varia com o cresci­mento do osso, sendo mais aberto nos jovens.

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 7 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2021.

Uma diminuição acentuada deste ùngulo re­sulta numa condição conhecida como coxa vara (qua­dril inclinado).

O aumento exagerado do ùngulo de inclinação é conhecido como coxa valga.

Muitos vasos de pequeno calibre penetram no colo do fĂȘmur e constituem a fonte mais importante de irrigação da cabeça do fĂȘmur.

Nas fraturas do colo, e sĂŁo bas­tante frequentes, estes vasos podem ser lesados, re­sultando eventualmente na necrose da cabeça do fĂȘmur.

O exame cuidadoso do ponto de uniĂŁo do colo com o corpo do fĂȘmur, em vista anterior, mostra uma linha saliente, a linha intertrocantĂ©rica, mascarada lateral e superiormente pela pre­sença de uma grande massa Ăłssea, o trocĂąnter maior.

VĂȘ-se, pois, que o trocĂąnter maior estĂĄ justaposto Ă  base do colo do fĂȘmur.

Observado pela face poste­rior, o trocùnter maior, na sua parte mais superior recobre urna depressão profunda, a fossa trocantérica e estå em conexão com uma projeção óssea menor e medial, o trocùnter menor, através da crista intertrocantérica.

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 7 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2021.

O corpo do fĂȘmur  (diĂĄfise)  tem uma secção de forma aproximadamente   triangular no terço mĂ©dio e, assim, apresenta as faces anterior, medial e lateral.

As faces medial e lateral, estĂŁo delimitadas, posteriormente pela linha ĂĄspera, que Ă© bastante visĂ­vel.

Observe a linha åspera no terço médio do corpo femural: note que ela é dupla, podendo-se distinguir um låbio medial e outro lateral.

No terço médio os låbios estão muito próximos mas nos terços proximal e distal eles tendem a divergirem.

No terço proximal ocorre uma bifurcação da linha ĂĄspera: o terço medial dirige-se para o trocĂąnter menor e denomina-se linha pectĂ­nea; por sua vez o lĂĄbio lateral divergente Ă© substituĂ­do por uma crista larga rugosa a qual recebe o nome de tuberosidade glĂștea.

No terço distal  os låbios medial e lateral da linha åspera divergem,  delimitando entre eles uma superfície triangular, a face poplítea.

As linhas diver­gentes recebem o nome de linhas supracondilares, medial e lateral.

Examine agora a epĂ­fise distal e repare como ela se expande em duas mas­sas volumosas, os cĂŽndilos medial e lateral do fĂȘmur.

Note que estão unidos anteriormente numa superfí­cie lisa, a face patelar, para receber a patela.

O contato da patela com a face patelar dĂĄ-se quando a perna estĂĄ totalmente fletida.

Vistos posteriormen­te, os cĂŽndilos do fĂȘmur mostram-se separados pela fossa intercondilar.

Repare que na par­te mais superior do cÎndilo medial apresenta-se uma projeção óssea denominada tubérculo adutor.

Observe na figura que ambos os cÎndilos apresentam pe­quena projeção nas suas superfícies não articulares, denominadas epicÎndilos medial e lateral.

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