O maior osso do esqueleto Ă© classificaÂdo como um osso longo, apresentando portanto duas epĂfises, proximal e distal, e um corpo /Â diĂĄfise.
O fĂȘmur articula-se pela sua extremidade proÂximal com o osso do quadril e pela extremidade disÂtal com a tĂbia.
Observe no esqueleto articulado que, em virtude das articulaçÔes dos quadris serem muito afastadas, devido Ă construção da pelve, os fĂȘÂmures dirigem-se inferior, medial e anteriormente, convergindo para os joelhos e formando com as tĂbias um Ăąngulo obtuso.

Examine a extremidade proximal do fĂȘÂmur e localize a cabeça do fĂȘmur, esferĂłide.
Veja em um esqueleto articulado como ela se encaixa no acetĂĄbulo do osso do quadril.
A cabeça do fĂȘmur apresenta uma pequena depressĂŁo, a fĂłvea da cabeça do fĂȘmur onde se fixa um dos ligamentos da articulação do quadril, o ligamenÂto da cabeça do fĂȘmur.
A conexĂŁo da cabeça femoÂral com o corpo do osso faz-se pelo colo do fĂȘmur: repare como ele se dirige superior, medial e um pouco anteriormente.
Na verdade, o colo do fĂȘmur Ă© um prolongamento do corpo do osÂso, tanto no seu desenvolvimento quanto na sua ossificação e estrutura.
Assim, no nascimento o colo Ă© curto e espesso, alongando-se a medida que o osso se desenvolve.
Do mesmo modo, o Ăąngulo que o eixo longitudinal do colo forma com o eixo longitudinal da diĂĄfise, denominado Ăąngulo de inclinação, varia com o cresciÂmento do osso, sendo mais aberto nos jovens.
Uma diminuição acentuada deste Ăąngulo reÂsulta numa condição conhecida como coxa vara (quaÂdril inclinado).
O aumento exagerado do ùngulo de inclinação é conhecido como coxa valga.
Muitos vasos de pequeno calibre penetram no colo do fĂȘmur e constituem a fonte mais importante de irrigação da cabeça do fĂȘmur.
Nas fraturas do colo, e sĂŁo basÂtante frequentes, estes vasos podem ser lesados, reÂsultando eventualmente na necrose da cabeça do fĂȘmur.
O exame cuidadoso do ponto de uniĂŁo do colo com o corpo do fĂȘmur, em vista anterior, mostra uma linha saliente, a linha intertrocantĂ©rica, mascarada lateral e superiormente pela preÂsença de uma grande massa Ăłssea, o trocĂąnter maior.
VĂȘ-se, pois, que o trocĂąnter maior estĂĄ justaposto Ă base do colo do fĂȘmur.
Observado pela face posteÂrior, o trocĂąnter maior, na sua parte mais superior recobre urna depressĂŁo profunda, a fossa trocantĂ©rica e estĂĄ em conexĂŁo com uma projeção Ăłssea menor e medial, o trocĂąnter menor, atravĂ©s da crista intertrocantĂ©rica.
O corpo do fĂȘmur (diĂĄfise) tem uma secção de forma aproximadamente  triangular no terço mĂ©dio e, assim, apresenta as faces anterior, medial e lateral.
As faces medial e lateral, estĂŁo delimitadas, posteriormente pela linha ĂĄspera, que Ă© bastante visĂvel.
Observe a linha åspera no terço médio do corpo femural: note que ela é dupla, podendo-se distinguir um låbio medial e outro lateral.
No terço médio os låbios estão muito próximos mas nos terços proximal e distal eles tendem a divergirem.
No terço proximal ocorre uma bifurcação da linha ĂĄspera: o terço medial dirige-se para o trocĂąnter menor e denomina-se linha pectĂnea; por sua vez o lĂĄbio lateral divergente Ă© substituĂdo por uma crista larga rugosa a qual recebe o nome de tuberosidade glĂștea.
No terço distal os lĂĄbios medial e lateral da linha ĂĄspera divergem, delimitando entre eles uma superfĂcie triangular, a face poplĂtea.
As linhas diverÂgentes recebem o nome de linhas supracondilares, medial e lateral.
Examine agora a epĂfise distal e repare como ela se expande em duas masÂsas volumosas, os cĂŽndilos medial e lateral do fĂȘmur.
Note que estĂŁo unidos anteriormente numa superfĂÂcie lisa, a face patelar, para receber a patela.
O contato da patela com a face patelar dĂĄ-se quando a perna estĂĄ totalmente fletida.
Vistos posteriormenÂte, os cĂŽndilos do fĂȘmur mostram-se separados pela fossa intercondilar.
Repare que na parÂte mais superior do cĂŽndilo medial apresenta-se uma projeção Ăłssea denominada tubĂ©rculo adutor.
Observe na figura que ambos os cĂŽndilos apresentam peÂquena projeção nas suas superfĂcies nĂŁo articulares, denominadas epicĂŽndilos medial e lateral.