Nervos espinais

Os nervos espinais são formados por um conjunto de axônios mielínicos, com origem nos segmentos da medula espinal. ,

São 31 pares de nervos espinais (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo). 

Os nervos espinais atravessam o forame intervertebral.

Nas regiões cervicais e lombossacral os nervos espinais se comunicam amplamente, formando uma rede denominada de plexo.

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

Formação do nervo espinal

O nervo espinal é formado por duas raízes (anterior e posterior), conectadas com a medula espinal.

 

Raiz anterior: é formada por fibras nervosas mielínicas (radículas) provenientes de corpos celulares localizados nas colunas anteriores da medula espinal. 

Esses neurônios são denominados de neurônios motores inferiores (“via motora de Sherrington”). 

Os neurônios motores inferiores recebem informações dos neurônios provenientes do giro pré-central (neurônios motores superiores). 

A emergência das fibras nervosas da raiz anterior do nervo espinal ocorre no sulco ântero-lateral da medula espinal.

 

Raiz posterior: nessa raiz está localizado o gânglio sensitivo do nervo espinal, formado por corpos celulares de neurônios pseudounipolares. 

O prolongamento central desses neurônios se dirige para a medula espinal, na altura do sulco póstero-lateral, comunicando-se com os neurônios da coluna posterior da medula espinal. 

Os prolongamentos periféricos convergem com os prolongamentos da raiz anterior para constituir o nervo espinal

 

Nervo espinal: formado pela união das fibras nervosas provenientes das raízes anterior e posterior (função motora e sensitiva – misto). 

No interior do nervo cada fibra nervosa é revestida por tecido conjuntivo denominado de endoneuro

O conjunto de fibras nervosas forma o fascículo nervoso, revestido pelo perineuro. 

A reunião dos fascículos nervosos constitui o nervo espinal, revestido externamente pelo epineuro. 

No interior do nervo espinal há vasos sanguínos para sua irrigação (vasa nervorum – vasos dos nervos). 

O nervo espinal formado atravessa o forame intervertebral, até esse ponto, o nervo recebe o revestimento da dura-máter. 

Após atravessar o forame intervertebral, o nervo espinal se divide em dois ramos (anterior e posterior).

 

Ramo anterior do nervo espinal: os ramos anteriores dos nervos espinais formam os plexos nervosos nas regiões cervical e lombossacral. 

Na região torácica o ramo anterior do nervo espinal não forma plexo, constituindo o nervo intercostal.

 

Ramo posterior do nervo espinal: se dirige posteriormente, para inervar a musculatura do dorso e região cutânea.

Os ramos posteriores não formam plexos. 

Apenas os três primeiros ramos posteriores cervicais são nominados (C1 – n. suboccipital, C2 – n. occipital maior e C3 – n. occipital terceiro).

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.
NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

Componente autônomo dos nervos espinais

Todos os nervos espinais são mistos

São formados por fibras aferentes (com informações sensitivas), e fibras eferentes (com informações motoras). 

Os 31 pares de nervos espinais (em seus ramos anteriores e posteriores) apresentam fibras nervosas pré-ganglionares simpáticas (fibras autônomas), que estimulam a contração dos vasos sanguíneos, músculo eretor do pelo e de glândulas sudoríparas. 

Desta forma, os nervos espinais apresentam componentes somáticos e viscerais (simpáticos).

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

Plexos nervosos

Os ramos anteriores dos nervos espinais constituem os plexos nervosos. 

 

Os plexos nervosos são:

Plexo cervical: formado pelos ramos anteriores de C1 até C4.

Plexo braquial: formado pelos ramos anteriores de C5 até T1.

Plexo lombar: formado pelos ramos anteriores de L1 até L4.

Plexo sacral: formado pelos ramos anteriores de L4 até S5.

Referências Bibliográficas

BONTRAGER: Kenneth L.;  John P.  Manual Prático de Técnicas e Posicionamento Radiográfico. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHEL, Adam W. M.: Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSELL, T.M. Princípios da Neurociência. São Paulo: Manole, 2003.

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

NOBESCHI: L.  Anatomia do Sistema Nervoso. 1 ed. São Paulo, 2010.

MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, L. M.  Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2006.

MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

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