Pleura e cavidade pleural

A cavidade torácica é dividida em três espaços principais: o mediastino central e as cavidades pulmonares direita e esquerda, que abrigam os pulmões.

Cavidade Pleural: É um espaço virtual (com espessura capilar) entre as camadas parietal e visceral. Normalmente contém apenas uma fina película de líquido pleural seroso, que atua como lubrificante, permitindo que as camadas deslizem suavemente.

A tensão superficial desse líquido mantém a superfície pulmonar em contato com a parede torácica, permitindo a expansão do pulmão durante a inspiração.

Este espaço pode ser identificado pelo olho humano quando há um processo patológico, que acumule líquido (derrame pleural ou hemotórax por ex.) ou ar na região (pneumotórax).

Continuidade: As pleuras parietal e visceral tornam-se contínuas no hilo do pulmão (onde as estruturas da raiz entram e saem). Abaixo da raiz do pulmão, essa continuidade forma o ligamento pulmonar.

MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024.
MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024.

Pleuras e Cavidade Pleural

Definição e Revestimento: Cada cavidade pulmonar é revestida por uma membrana serosa contínua chamada pleura. A pleura é formada por duas camadas:

Pleura Visceral (Pulmonar): Reveste toda a superfície do pulmão, aderindo firmemente, inclusive às fissuras. Ela torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia.

Pleura Parietal: Reveste as cavidades pulmonares, aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa do que a pleura visceral.

Partes da Pleura Parietal

A pleura parietal recebe nomes específicos de acordo com a área que reveste:

  • Parte costal: Cobre a face interna da parede torácica.
  • Parte mediastinal: Cobre as faces laterais do mediastino.
  • Parte diafragmática: Cobre a face superior (torácica) do diafragma. É unida ao diafragma pela fáscia frenicopleural.
  • Cúpula da pleura: É uma continuação superior que cobre o ápice do pulmão, estendendo-se acima da 1ª costela até a raiz do pescoço. É reforçada pela membrana suprapleural (fáscia de Sibson).

Recessos Pleurais

Os recessos são espaços pleurais virtuais que não são totalmente ocupados pelos pulmões, exceto durante a inspiração profunda.

Recessos costodiafragmáticos: São as “fossas” mais importantes, localizadas onde a pleura costal se encontra com a pleura diafragmática, circundando a convexidade do diafragma. Quando o tronco está ereto, o líquido extrapulmonar (exsudato) tende a se acumular neste espaço. A agulha de toracocentese é inserida no 9º espaço intercostal na linha axilar média para evitar o contato com o pulmão.

Recessos costomediastinais: Espaços menores localizados posteriormente ao esterno.

O recesso costomediastinal esquerdo, por ser maior devido à incisura cardíaca do pulmão esquerdo, deixa uma parte do saco pericárdico exposta. Essa região é conhecida como “área nua” do pericárdio. Ao realizar a pericardiocentese, uma agulha é introduzida tipicamente através do 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo, perto do esterno. O acesso por essa “área nua” é vital, pois permite que a agulha alcance o saco pericárdico evitando contato com o pulmão e o saco pleural esquerdo

 

MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024.

Vascularização

Pleura Parietal: É irrigada pelas artérias que suprem a parede torácica, como as artérias intercostais posteriores e as artérias torácicas internas. A drenagem venosa se faz para as veias sistêmicas adjacentes da parede torácica.

Pleura Visceral: É irrigada pelas artérias bronquiais. A drenagem venosa se faz para as veias pulmonares.

PROMETHEUS: Schünke, Michael. Coleção – Atlas de Anatomia 3 Volumes. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

Inervação (Sensibilidade à Dor)

A sensibilidade à dor difere drasticamente entre as duas camadas:

PROMETHEUS: Schünke, Michael. Coleção – Atlas de Anatomia 3 Volumes. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024.
Rolar para cima